27 de maio de 2022
Por Silvia Alves e Amanda Matias
Se você quer ficar antenado nas tendências tecnologias, esse blog post foi feito pensando em você, vamos abordar sobre o metaverso, e te garanto que não tem nada a ver com o mundo de super heróis, mas sim, sobre uma novidade que vem conquistando cada vez mais notoriedade no meio imobiliário.
O metaverso foi um termo que surgiu lá em 1992, quando o escritor norte americano Neal Stephenson abordou em seu livro "Snow Crash” uma espécie de espaço virtual coletivo compatível com a realidade.
Ficou confuso sobre esse termo? Pode deixar que vamos esclarecer.
A ideia é que o metaverso funcione como um “segundo mundo”, lá as pessoas poderão realizar atividades como: comprar roupas, ir a shows e eventos, trabalhar, realizar todas as ações de uma vida real, assim como ter a opção de integrar estes dois universos, ou seja, você pode comprar algo no metaverso que funcione apenas em sua existência virtual, ou também pode adquirir coisas que funcionam em ambos os mundos.
O mercado de imóveis no metaverso está aquecido, além de comprar os famosos “terrenos do metaverso” também é possível construir casas e desenvolver negócios.
Como no mundo real, o terreno em cada plataforma é limitado a um número definido de lotes, isso para que haja a oferta e demanda.
A valorização do terreno virtual está atrelada ao tamanho, localidade e escassez - a quantidade de lotes é finita. Os valores para aquisição das áreas virtuais tem variado entre US$13.524 até US $4,3 milhões comprados através de criptomoedas.
Também é possível obter eventuais lucros ou monetização, uma vez que os usuários poderão comprar e vender os terrenos, e alugá-los por temporada ou para eventos.
O intuito é que essa dimensão seja capaz de suprir todas as necessidades do mundo real e que cada indivíduo consiga expressar sua personalidade online.
Foi em outubro de 2021 que Mark Zuckerberg se pronunciou numa conferência explicando a mudança do nome da empresa Facebook para Meta, e como a empresa deseja criar uma nova existência virtual, a mesma usou o nome “metaverse” para o que seria a próxima versão da internet.
Segundo uma matéria da Forbes, não são poucos os interessados nessa nova realidade, empresas como Samsung, PWC e até mesmo artistas como Snoop Dogg já garantiram seus terrenos virtuais.
Sabendo todo o conceito de metaverso, agora é o momento de entender sobre as plataformas, antes de tudo, não é necessário um Hardware específico.
As plataformas de acesso ao metaverso mais conhecidas são: The Sandbox e Decentraland.
No sentido de metaverso, elas funcionam como “as imobiliárias”, pois são dentro desses sistemas que são criados os lotes e terrenos, e é também onde ocorrem as negociações e vendas.
The Sandbox: Iniciou em 2012 como um jogo, em 2018 adicionou blockchain ao jogo, e se tornou porta para o metaverso em 2021. Esse jogo permite que o usuário faça negociações de ativos, para a aquisição de um terreno é preciso ter a moeda virtual SAND.
Decentraland: Uma segunda plataforma de jogos, que também funciona a base de blockchain, possuindo dois tokens de gestão. Os usuários podem comprar os terrenos virtuais, e até mesmo personalizar seu avatar, na plataforma como NFTs por meio da criptomoeda MANA.
O primeiro passo é comprar as criptomoedas para adquirir qualquer item nesse ambiente. Como citamos acima, as mais comuns têm sido SAND e MANA.
Quando os terrenos são criados, eles são ofertados através de NFTs em marketplaces, como por exemplo o OpenSea.
O usuário efetua o cadastro na plataforma escolhida, opta pelo projeto e efetua a compra, de acordo com as orientações do marketplace.
NFTs, um termo em inglês que ao traduzir quer dizer algo não pode ser replicado ou copiado. Diferente de uma criptomoeda que pode ser substituída, como, por exemplo, um bitcoin por outro bitcoin, um NFT não pode ser. Certificam que qualquer ativo digital se transforme em propriedade limitada.
Um artigo publicado pela CNN Brasil, no ano de 2021, informa que o investimento para criptoativos no Brasil alcançou 5,995 bilhões de dólares, segundo os dados do banco central.
As principais destaques em moedas digitais são:
Bitcoin: Foi criado no ano de 2008 após uma crise financeira global, com o objetivo de substituir o dinheiro de papel. Foi o primeiro sistema de criptomoeda.
Ethereum: Não foi criado para ser uma moeda digital, trata-se de um “contrato inteligente” que são ações realizadas após certas condições serem cumpridas.
Já se fala em corretores de imóveis para acompanhar as negociações de terrenos virtuais. Com o aumento de investimento no metaverso é muito claro que logo será necessário consultores imobiliários para negociações de lotes, terrenos ou imóveis virtuais, e o mais interessante é que nessa realidade o agente poderá atender clientes de qualquer parte do mundo simultaneamente, sem sair do seu stand de vendas.
Essa nova profissão permitirá que o corretor transite entre mundo real e virtual, realizando negociações simultâneas.
Muitos acreditam que apostar no metaverso é uma grande oportunidade de desenvolvimento para os negócios, afinal, sabemos que o futuro é tecnológico. O carro chefe, pensando como uma imobiliária, seria a compra e venda de terrenos, como também locação para eventos, reuniões, e até mesmo a utilização de hologramas 3D para a apresentação de imóveis.
O cliente pode ter uma excelente experiência sem sair de casa, realizando visitas cada vez mais reais, onde “seu avatar” pode percorrer por todos o empreendimento, andares, ter dimensões espaciais, conhecer o bairro afundo e saber exatamente sobre a localização onde fica o imóvel, a ideia é tornar esse processo tão imersivo, que o interessado possa sim alugar ou comprar seu imóvel apenas tendo em mente a realidade virtual.
Recentemente, algumas construtoras mais inovadoras já tem usado destes artifícios do mundo virtual, como por exemplo, lançando imóveis decorados onde é possível que o cliente conheça o produto, navegue pelos espaços, experimentando virtualmente o imóvel.
Como mencionamos anteriormente, o processo de compra ocorrerá de forma online com o auxílio dos contratos inteligentes, e a forma de pagamento será realizada com o dinheiro válido no metaverso, as criptomoedas.
Pagamentos realizados por NFT´S darão a liberdade de compra que o usuário quiser, como por exemplo, um imóvel na praia ou campo, com diversos compradores que realizam uma divisão para que todos desfrutem do investimento em alguma época do ano.
Além dessa expansão de novidades focadas em facilitar a vida do comprador, esse novo mundo não elimina a mão de obra humana em 100%, um corretor na vida real pode se qualificar para ser um agente imobiliário no metaverso, as funções são basicamente as mesmas, porém serão automatizadas, não será necessário por exemplo que o agente se desloque até o futuro comprador para apresentar o imóvel, os avatares correspondentes a cada pessoa podem se encontrar para uma reunião e ir até o local de visita.
A empresa Gartner divulgou uma pesquisa onde diz que até o ano de 2026 25% das pessoas passarão pelo menos uma hora por dia no metaverso, a visão para esse mercado é tão extensa que já foi desenvolvida uma imobiliária voltada para o universo virtual, a Metaverse Property, que chegou a comercializar terrenos por US$ 2,43 milhões.
Se você se interessou pelo metaverso, já deve ter se dado conta dos motivos pelos quais a tecnologia está sendo tão repercutida, além de criar experiências mais reais para pessoas que não estão fisicamente juntas, essa nova realidade trará a visão de ilimitada, pois o espaço pode ser criado de acordo com as necessidades da demanda, sendo assim, será uma extensão do universo onde tudo será possível.
A expectativa é que haja um grande impacto econômico, muitos artistas e empresas estão garantindo terrenos no metaverso, justamente por acreditarem que daqui a algum tempo irá valer muito mais.
O metaverso é a tecnologia que está sendo desenvolvida para acabar com toda e qualquer dificuldade de localização e interação existente no mundo real.
WebroPay© 2022 - Todos os direitos reservados.